top of page

Conjunto Época de Ouro: meio século de choro genuíno

O Conjunto Época de Ouro representa o choro genuíno dos tempos em que o rádio era o maior veículo de comunicação no Brasil e a música instrumental brasileira enchia os lares. Fundado em 1964 por Jacob do Bandolim, comemorando 50 anos de história, o Conjunto tem uma carreira sólida construída com diversos espetáculos por todo o país levando às plateias arranjos elaborados interpretados com maestria por componentes exigentes.

Inicialmente o conjunto acompanhava Jacob do Bandolim que em alguns anos já se integrou aos demais, mantendo somente a denominação atual. Jacob era muito criterioso e exigente nos ensaios, não somente no que se refere à técnica mas também quanto a disciplina e profissionalismo. Apresentando-se sempre de terno e gravata, muito polidos e elegantes, os componentes, à época da fundação tinha muito orgulho de pertencerem ao mesmo conjunto do ícone do bandolim.

César Faria, pai de Paulinho da Viola, comandava os baixos no violão de 6 cordas ao lado de Carlos Leite.Em Vibrações Dino 7 Cordas “brincava” com suas interpretações inacreditáveis que originou uma técnica específica de tocar o instrumento utilizada e admirada até hoje. O pandeiro era conduzido por Gilberto D´Ávila que logo deu lugar ao único remanescente da Época de Jacob até hoje que transformou em sobrenome o instrumento que lhe deu o título de maior pandeirista do Brasil: Jorginho do Pandeiro. logo se juntaria ao grupo que também contava com o exímio solista Jonas da Silva ao cavaquinho.

Com a saída ou falecimento de integrantes, foram incorporados os músicos Walmar Amorim (cavaquinho de 1984 a 1988) substituído em seguida por Jorge Filho, no conjunto há mais de 35 anos e que também é filho de Jorginho do Pandeiro. Os violões também se renovaram com João Camarero no violão de Sete Cordas, excelente solista e criterioso além de assemelhar-se ao estilo de  Dino 7 Cordas. No violão de 6 cordas Luíz Flavio Alcofra, firme na execução e interpretação, além de preciso nos duetos com o sete cordas. Lembrando a dupla Dino e Meira.   

O instrumento símbolo do Conjunto Época de Ouro parou de tocar em 13 de agosto de 1969 quando Jacob do Bandolim deixava órfão não só o Época de Ouro mas toda uma classe de músicos, adoradores e amigos. Com seu falecimento muitos compromissos foram adiados e neste tempo o Conjunto atravessou um luto de três anos sem apresentações e aparições.

Porém, por iniciativa de Paulinho da Viola, o Conjunto retomou suas atividades em 1973, em grande estilo, no famoso espetáculo SARAU que lotou, por vários dias o Teatro da Lagoa, dando origem, inclusive ao Clube do Choro - idealizado por Paulinho da Viola e o crítico Sérgio Cabral num movimento em todo o país em busca de dar maior amplitude a este gênero musical..

No comando do bandolim, o renomado músico Déo Rian que no mesmo ano seria sucedido por Ronaldo do Bandolim, que deu o tom do Época até 2020 em performances inigualáveis, dando lugar a Luís Barcelos, virtuoso no Bandolim, com execuções velozes e precisas, além de  belas interpretações.

Em 2006, também passou a integrar o Conjunto o flautista Antonio Rocha, reconhecido amplamente na música instrumental por solos perfeitos mostrando que mesmo após 40 anos o Época de Ouro traria uma novidade ao choro já clássico e inebriante.

Durante os 60 anos comemorados este ano, o Conjunto, juntamente com Jacob do Bandolim de cuja discografia não há como desvincular, gravou mais de 48 discos, entre eles os premiados “Vibrações” e "Época de Ouro interpreta Pixinguinha e Benedito Lacerda", considerados Melhor Disco Instrumental do Ano de 1967 e 1977 respectivamente.

Em outro grande momento, já na década de 90, após ser convidado a representar a música brasileira na Feira do Livro de Frankfurt, Alemanha, o Conjunto foi convidado por Marisa Monte, Elba Ramalho, Ivan Lins e Paulinho da Viola para participar das gravações dos seus CDs. Devido ao grande sucesso e repercussão das parcerias, retribuindo os convites, o Época lançou o aclamado por público e crítica Café Brasil, com a participação dos referidos artistas, além de João Bosco, Martinho da Vila e Leila Pinheiro, que vendeu mais de 100 mil cópias, sendo 25 mil delas só no Japão, onde o choro é um gênero muito apreciado e valorizado. Algum tempo depois surgiu a oportunidade de lançar o Café Brasil 2, com as participações de Beth Carvalho, Zeca Pagodinho, Ney Mato Grosso, Ivan Lins, Mosca, Arlindo Cruz e Sombrinha, Elba Ramalho, Nó em Pingo D Água e Lobão, cujo sucesso rendeu além de milhares de cópias, um convite muito especial: uma turnê por várias cidades japonesas culminando na gravação do  CD "Feijão com arroz" - porém não lançado no Japão.

Após o falecimento do mestre Jorginho do Pandeiro, em julho de 2017, o Época de Ouro teve uma reformulação. O pandeiro passa para as mãos de Celsinho Silva, filho do mestre, o Violão de Sete Cordas agora está com um dos principais nomes da nova geração do violão brasileiro, João Camarero e Luiz Flavio Alcofra, professor de violão e educação artística (música), graduado pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), passa a ocupar a cadeira de violão de seis cordas do Conjunto Época de Ouro.

 

Em 2018 Conjunto Época de Ouro enfrentou  novos desafios, mas com muita vontade de continuar um trabalho que vem sendo feito, com muito respeito, pela música brasileira nos seus 60 anos de existência.

Ainda neste ano o Conjunto homenageou os 100 Anos de Jacob do Bandolim e Dino 7 Cordas com shows por diversos teatros pelo Brasil.

Em 2019 o Conjunto lança novo CD de músicas inéditas, pela Kuarup , com título “De Pai pra Filho” incluindo Valsas,Choros, Schocths, novos compositores como Luís Barcelos , Antonio Rocha, Joao Camarero, Jorge Filho e os mais experientes como Jorginho do Pandeiro, Juventino Maciel , Cristovão Bastos e João Lyra.

 

Neste ano o Conjunto vem com nova formação e os três novos integrantes prometem belas interpretações ,são eles:

Violão de Sete Cordas JOÃO CAMARERO

Violão de seis cordas LUÍS FLAVIO ALCOFRA e 

Pandeiro CELSINHO SILVA
Bandolim LUÍS BARCELOS

E da antiga formação completam os seis integrantes.

Cavaquinho JORGE FILHO e 

Flauta e Flautim ANTONIO ROCHA.

contato: + 55 21 99929 6737 [vivo] | jorgefilho@epocadeouro.com.br | https://www.facebook.com/conjunto.epocadeouro.

bottom of page